quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Silêncio

O barulho do mar vive nas rochas, no azul do céu e no ondular das marés
Eleva-se, espalha-se, sobrepõe-se sublime ao ruído da solidão,
Vazio feito dos silêncios cheios dos momentos que se perderam,
Num olhar ou num sorriso triste que não se viveu
Numa mão que não se fez gesto
Num abraço que não nasceu do carinho que assim se escondeu


O que existe para além de mim e para além de ti
Que outros rumos nos esperam, pacientes,
Tão certos de nós, que nos esquecemos deles
O que fazer com todo o tempo que perdemos e com todo aquele que há-de vir
Porque nos perdemos de nós e nos esquecemos um do outro?
Como nos perdemos um do outro, sem sabermos de nós?