O não é uma palavra redonda, fechada, pequena e o mundo lá fora é tão grande! O não fecha-me a boca, desliga-me a mente e apaga-me o coração. Quantos nãos são precisos, quantas lágrimas têm de morrer a meus pés para me acordar para a vida, me espicaçar, me fazer gritar “basta” do alto do meu ser absoluto e soberano que se impõe por sobre uma cascata de nãos, repetidos nãos, tristes nãos, cobardes nãos? Quanto esforço desumano para transformar mil nãos num pequeno sim, tímido, mas que se faz forte, pequena luz nascida da força que me vem dos nãos ouvidos, vividos, sofridos numa vida que se faz de busca e de coragem do sim! Quantos nãos! E para quê, se o sim é tão mais fácil e tão mais feliz do que o não?
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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