quarta-feira, 8 de julho de 2009

Há dias assim

Há dias assim. Em que me fazes falta. Em que sinto saudade de tudo, de ti também. Dias em que acordo com vontade de te falar, em que imagino o que fazes, se te irás lembrar de mim por entre os momentos do teu dia. E fico parada. Fecho os olhos para te ver. Imagino tocar no teu rosto, sentar-me ao teu colo, pendurar-me no teu pescoço e fazer-te sorrir. Aflorar os teus lábios, passar os dedos pelos teus cabelos, respirar o teu perfume, inebriar-me de ti. E a minha vontade de ti é tanta que quase te sinto, quase te ouço dizer o meu nome. Quase...
Mas a verdade é que só o mesmo sol nos une nesses instantes, luz e sombra de uma mesma vida. E quando por fim nos encontarmos, os teus olhos vão dizer-me coisas que a tua boca vai negar. E eu vou fazer de conta que acredito. Nos teus olhos ou na tua boca. E logo a seguir vou deixar a vontade correr solta na cumplicidade de um olhar. Em silêncio vou deixar os meus dedos deslizarem e tocarem os teus para os sentir estremecer nos meus. Vou sentir o teu receio abandonar-te e prender-te ainda mais a mim. Vou fazer-te acreditar em ti e trazer-te até mim. Desta vez para ficares.
Mas agora que não estás, escrevo para ti. E peço ao vento que te leve beijos meus...

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