Há dias assim. Em que me fazes falta. Em que sinto saudade de tudo, de ti também. Dias em que acordo com vontade de te falar, em que imagino o que fazes, se te irás lembrar de mim por entre os momentos do teu dia. E fico parada. Fecho os olhos para te ver. Imagino tocar no teu rosto, sentar-me ao teu colo, pendurar-me no teu pescoço e fazer-te sorrir. Aflorar os teus lábios, passar os dedos pelos teus cabelos, respirar o teu perfume, inebriar-me de ti. E a minha vontade de ti é tanta que quase te sinto, quase te ouço dizer o meu nome. Quase...
Mas a verdade é que só o mesmo sol nos une nesses instantes, luz e sombra de uma mesma vida. E quando por fim nos encontarmos, os teus olhos vão dizer-me coisas que a tua boca vai negar. E eu vou fazer de conta que acredito. Nos teus olhos ou na tua boca. E logo a seguir vou deixar a vontade correr solta na cumplicidade de um olhar. Em silêncio vou deixar os meus dedos deslizarem e tocarem os teus para os sentir estremecer nos meus. Vou sentir o teu receio abandonar-te e prender-te ainda mais a mim. Vou fazer-te acreditar em ti e trazer-te até mim. Desta vez para ficares.
Mas agora que não estás, escrevo para ti. E peço ao vento que te leve beijos meus...
É tão bom estar apaixonado! Faz bem ao ego!
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