sábado, 21 de novembro de 2009

Onde?

Onde se escondem os amores que não se vivem? Em que parte do coração ficam guardados, fechados, sem correr o risco de se transformarem em mágoa, tristeza e dor?
Aqueles que desperdiçámos porque não soubemos retribuir, aqueles que quisemos mas nos foram negados, todos os amores do mundo, que bom seria poder guardá-los sem os matar nem deixar apodrecer sob a capa doutros sentimentos menores, negativos ou mesmo destrutivos para quem os não pode viver.
Melhor seria poder lançá-los no universo, deixá-los percorrer a Via Láctea, pura energia transformada em cauda de cometa esplendorosa que todos vissem e a todos maravilhasse. Num universo em expansão quantos amores não caberiam? E assim todos os suspiros, sonhos ou devaneios permaneceriam para sempre, intocáveis, puros, guardados para quem os não pode viver e nem uma gota de felicidade se perderia nas marés-vivas da vida.

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