segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mil cores

Queria poder pintar o teu cinzento com as mil cores que invento nos meus dias. À força de insistir nos tons alegres, os olhos habituam-se à luz e fogem do escuro em busca da alegria. Queria tanto ensinar-te a ser feliz. Ternura que surpreende num olhar que fica. Tempo passado, perdido à luz da razão, cinzenta e triste. E sempre esta ternura que não parte mesmo assim, sem saber, presa e perdida no rasto da esperança que se foi. Criança que se aninha junto à mãe e fecha os olhos, sem pressa de crescer. Luz que chega e mostra mil cores de um só dia apenas num instante. Fogo de artifício que se solta em cor dentro de mim, transborda dos meus olhos até tocar os teus. No instante em que te vejo. Para te ensinar a ser feliz. Para sempre. Perto de ti.

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