
Foste palavra por dizer, livro por ler, dom por partilhar, mar sem maré nem maresia. O beijo que não me queimou, as mãos que não me tocaram, o amor sem amar, o fim sem início. Foste tão pouco afinal e eu que sempre quis tudo e nunca o tudo me chegou, fiquei suspensa e parada por ti e exigi tão pouco de mim.
Sem acreditar em fadas nem princesas, armei-te cavaleiro. Vi em ti bravuras irreais, o encanto de um príncipe encantado que seria o meu príncipe de encantar. Não vi que jamais enfrentarias tormentas e dragões para me resgatar da minha torre encantada. Esperei por ti mesmo assim, mesmo sabendo que contos de fadas são coisas de crianças. Erro meu. Esperei em vão. Desisti. Espero agora a dor que me há-de chegar. A dor do fim do meu amor por ti.
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ResponderEliminarOlá! ; )
ResponderEliminarRealmente é fácil perceber o teu talento através da forma brilhante escreves e dás uso às palavras. Gostei da forma com que concebeste esse "final", ainda que doloroso, está escrito de forma sublime. Parabéns.
Vou seguir atentamente.
Beijinho * ; )
Obrigada, não é todos os dias que se recebem elogios destes. Também vi o teu blog, escreves de forma densa e bem articulada. Gostei muito, parabéns!:)
ResponderEliminarpor vezes é nas coisas mais tristes que a dor melhor se cala.
ResponderEliminarR.L.: É bem verdade, quanto maior a dor maior o silêncio do nosso grito!
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