quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mail a uma amiga

O que acontece é que quando nos "apaixonamos" caímos na estupidez de nos esquecermos de nós e de como somos... e tendemos a compensar a falta que nos fazemos a nós próprios com o que queremos/esperamos do outro. Isso nunca resulta, mas, por vezes, esquecemo-nos disso.
Nós temos de nos manter como somos e temos de continuar a sê-lo sempre, senão “descompensamos”, ficamos infelizes porque o outro nunca vai ser exactamente como nós queremos, não vai dizer sempre o que queremos ouvir, não vai fazer sempre o que queremos... e isso vai (estupidamente) fazer-nos infelizes e insatisfeitas...
Se não te "desviares" de ti e tentares apenas pôr o outro ao teu lado (não no teu lugar, nem tu no dele) é só uma questão de veres se ele te acompanha ou não, podes até abrandar o passo para que ele consiga estar lá, ou podes acelerar para tentares acompanhá-lo, mas não deves nunca desviar-te do teu caminho. Se ele não conseguir (ou não quiser) acompanhar-te é porque não é "companheiro" para a tua "viagem".
É isto que eu penso e apesar de cair inúmeras vezes no mesmo erro, só quando me sinto terrivelmente infeliz é que consigo voltar a mim e... com ou sem "companheiro de viagem", acredita que me sinto muito mais feliz quando isso acontece, porque em vez de tentar "tirar" a felicidade apenas de uma pessoa, ganho a capacidade de a retirar de todas as pequeninas coisas que me rodeiam. E isso é a verdadeira felicidade. E apesar do amor supostamente nos fazer felizes, tenho de concordar com o final do livro “Marés de Inverno” quando o Vasco diz que "o amor é a prisão do espírito. para ser livre não podia amar". É isso.

4 comentários:

  1. Adorei este post... e enfiei a carapuça umas 50 vezes...

    Mas a vida de dia para dia melhora, e a felicidade está nas coisas simples da vida.

    Até breve.

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  2. A reelação tem que ser biunívoca, pois se assim não não tem razão de existir.
    Tal como o mar necessita do vento, para criar as ondas...

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  3. ... e a vida só pode sempre melhorar se nunca perdermos a capacidade de nos surpreendermos.

    E tens razão Quim, também na comparação ao mar. Aliás o mar sabe explicar tudo! Já agora, e a propósito do vosso blog "Caparica Madrugas", dá gosto ver tanta amizade que lá se vive.

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  4. Pois é! Estas palavras são familiares. Se há coisa que valorizo é o que me rodeia. E isso vale e muito. Nunca me esqueço. A questão é que há alturas em que essas coisas estão num patamar diferente e por mais que queira não lhes consigo dar o valor que têm. Mas tudo se aprende!

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