sábado, 6 de junho de 2009

“Marés de Inverno”, Luís Miguel Raposo

Não poderia deixar de falar (mais uma vez) deste livro. Se quero falar de livros, este terá sempre de ser o primeiro, porque foi com ele, com a história dele, com a minha história com ele que nasceu o impulso que me trouxe até a esta “tentadora maresia”.
O que eu senti ao lê-lo foi escrito num momento e as palavras que escolhi, apesar de escritas por mim, estão guardadas onde pertencem, no blog do livro e do autor. Já deixaram de ser só minhas.
Aqui apenas quero dizer que foi um livro que me roubou um pedaço da alma e mo devolveu maior. É um livro feito de mar, do modo como eu o sinto e vivo. E que, como o mar, me tocou, me seduziu e me levou com ele…
O que disse a alguns amigos a quem o ofereci:
É um livro escrito com uma linguagem muito própria, com frases construídas de palavras improváveis, que nos arranham as emoções por serem “tão demais”… mas cujo resultado final, surpreendentemente é de uma extrema suavidade e doçura…
É um livro escrito de dentro para fora, em que a história que conta é um pretexto apenas para a explosão das emoções e dos sentimentos, porque este é um livro feito de “sentir” e não apenas de “contar”. Como toda a “literatura” deve ser.

7 comentários:

  1. Já estou a ler o livro que tu, com tanto entusiasmo, me recomendaste! É viciante...
    Lindo, mesmo!!!!
    Obrigado pela dica.

    ResponderEliminar
  2. O livro não é feito de "sentir", o livro carrega a juventude, o peso das memórias, mas acima de tudo, carrega a vida, aquela vida que muitos viveram, e que hoje com trinta e tal anos, sentem uma saudade tremenda.
    Há "homens" que sem saberem estão acima do que é "terreno", o Luis é um deles...

    ResponderEliminar
  3. Digo "sentir" por oposição a "contar" apenas, porque muitos livros limitam-se a contar histórias não sentidas, memórias não "vividas", e fazem-no de fora para dentro, sem a tal "vida" de que falas.
    Para falar da juventude e da vida do modo como o Luís o faz, essa vida e essa juventude foram (são) vividas com muito "sentir", certamente.
    Porque não chegaria "contar" memórias ou falar da juventude, sem esse "sentir" que consegue elevar alguns (o Luís) acima do que é "terreno"...

    ResponderEliminar
  4. Mais palavras para quê... Já disseram tudo!

    ResponderEliminar
  5. Amiga, ainda não li mas estou deveras curiosa. Já valeu pelo que potenciou.

    ResponderEliminar